domingo, 19 de julho de 2009

Solidão...

DIANTE DO MAR

Era uma casa pequenina...
Pequenos e simples eram os sonhos...
Imenso era o horizonte
Marcado pelo mar,
Sereno, em um tom verde brilhante.

Brisa corrente,
Em sopros refrescantes.
Balanços de coqueiro imponente,
Ruflar de relvas verdejantes.

Areias brancas e cálidas,
Maciez num leve tocar.
Escorregam entre os dedos, devagar.
E deixam profundas pegadas,
Como marcas que sempre vão lembrar.

Uma paz que navega distante,
Um barco perdido,
Sem rumo certo no horizonte.
Como corpo inerte e rendido.
A correnteza cega de um amante.

Amante que se cala ante ao anoitecer.
Sufocando a noite escura,
Dentro da alma a sofrer.
Na mente só o murmúrio do mar.
Na janela um candeeiro aceso,
Como farol que guia quem nunca virá.

CARLOS MEDEIROS

2 comentários:

  1. "Escorregam entre os dedos,devagar. E deixam profundas pegadas... Como marcas que sempre vão lembrar..." Sem palavras, só posso te dizer simplesmente maravilhoso,apesar de nunca ter duvidado de tua capacidade para com os sentimentos.Você está parecendo Balzac,pq esse tbm parecia enxergar o intimo de uma mulher. Te gosto muito meu amigo... Passei por aqui e deixei minha admiração por esse cantinho.

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  2. moça... to feliz com o que vc disse. contar com amigos gentis como você, acaba por nos dar força para seguir. beijos...

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