sábado, 13 de março de 2010

Em Farrapos...



AMOR INDIGENTE




Novamente aqui estou,
Nesta humilhante situação.
Farrapos que agora sou,
Mendigando por um pouco da sua atenção.


Te peço pelo amor de Deus,
Migalhas de um passado.
Aonde meus sonhos eram iguais aos seus.
E eu podia estar ao seu lado.


Com a alma mutilada,
Em público exponho a ferida.
Que a guerra por nós vivida,
Deixou em meu coração.


Imploro por compaixão,
Piedade para este triste ser.
Desesperado lhe estendo a mão,
Para que centavos de sua alegria possa receber.


Tenho fome, estou fraco, caminho com dificuldade.
Meu corpo pesa mais do que posso suportar.
Em minha mente carrego o fardo da sua maldade.
Pois com sua paixão não vem mais me alimentar.


Choro com o rosto colado ao chão.
Orgulho? Não possuo mais.
Vergonha? Não tenho não.
Pois de te amar ainda sou capaz.


Mas agora estou morto.
Incômodo não trarei mais.
Mas uma prece, uma lágrima, preciso demais.
Porque com elas buscarei minha paz.


Na lápide que agora estou,
Faz saber a toda gente.
Que morri por falta de amor.
E só me sobrou o nome indigente.


CARLOS MEDEIROS

2 comentários:

  1. Caramba... "No lápide agora estou..." Profundo isso Carlos... Vc como sempre um poeta sonhador... Bjss meu amigo!!!

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  2. Obrigado Márcia. E aí? Gostou do novo visual do blog? Quero sua opinião... pode ser na janela de bate papo do blog. Lá no finalzinho do blog. Beijos!!

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